19 de março de 2009

Mais do Mesmo: Minha Busca Bizarra pelo Emprego

Outro dia minha prima ligou e disse que no dia seguinte abririam uma nova empresa (empreiteira) para o sonhado pólo petroquímico, que era para eu ir lá entregar meu currículo e dizer que era indicada do V. (O chefe dela). Pensei: "Beleza. Não tô fazendo nada mesmo... E imprimir mais um currículo, talvez o milésimo, só gaste um pouco mais de tinta da minha impressora."

No dia seguinte, esperei o M. chegar para me levar lá. Afinal minha prima tinha me dado as coordenadas e não parecia um local de muito movimento (circulação de pessoas): tipo, no final da rua antes do valão, no antigo galpão da fábrica de sei lá quê.

Bom, encontramos a rua, e não acreditamos. Quase não tinha casas, eu até achei que estávamos na rua errada, mas o M. não perdeu as esperanças e foi atéééééééééé o final da mesma. E lá estava o galpão, com uma folha de ofício no portão, escrito de uma forma muito gentil: "NÃO HÁ VAGAS!". Mas como "sou brasileira e não desisto nunca", resolvi tocar a campainha. Um senhor muito simpático veio abrir o portão, eu disse que gostaria de falar com a M. e ele me deixou entrar, fiquei feliz!

A M. estava no telefone, e ela era uma figura: Era loira, mais ou menos 40 anos, cabelo curto, argolas de 10 cm de diâmetro nas orelhas, estava vestida com um macaquinho pink e de tamancos. Um contraste com a minha figura sóbria: Coques no cabelo, vestido preto abaixo do joelho e saltinho. Juro que apesar de estar muito nervosa, tive uma imensa vontade de rir da siruação "bizarra". Na sala havia 6 mesas, e só ela de funcionária, e em cima das mesas, de todas as mesas, pilhas e pilhas de curriculos... :(

Conversei com ela e talz, e foi engraçado quando ela disse que entraria em contato, e após dar mais uma olhada no meu currículo, disse surpresa:

- Ih, tem até e-mail aqui!

Saí com um pouco de esperança (que já se esvaiu, já que ainda não recebi nenhum telefonema da M.)... Bem, e para fechar com chave de ouro, no caminho de volta pra casa, tivemos que parar para dar passagem a uma pequena boiada. O M. que prometeu me ajudar a comprar um carro assim que eu começasse a trabalhar, ficou feliz com a possibilidade de eu conseguir o emprego na "área rural", ficou feliz e fez questão de me comunicar com a seguinte pérola:

- É Beth, se você conseguir o emprego aqui vai ser muito bom, porque ao invés de comprar um carro, te dou um cavalo. Pensa no quanto economizaríamos de gasolina, seguro e IPVA.

Um comentário:

Rita Correia ilustradora disse...

Relmente Beth... bem que podias ter mais sorte no campo laboral. Deixa lá, quem sabe daqui a um tempinho não arranjas mesmo qualquer coisa boa :)
Esperança :)
Beijo grande